Caitlin Moran Quote

Precisamos retomar a palavra feminismo. Precisamos muito, mas muito mesmo pegar de volta a palavra feminismo. Quando aparecem estatísticas dizendo que apenas 29% das mulheres norte-americanas se descrevem comofeministas — e apenas 42% das inglesas —, eu penso: o que vocês acham que feminismo é, moças? Que parte da liberação das mulheres não é para vocês? Será que é o direito de votar? De não ser uma posse do marido? A campanha por equivalência salarial? A música Vogue, da Madonna? As calças jeans? Será que todas essas coisas IRRITAM VOCÊ? Ou será que você só estava BÊBADA NA HORA DA PESQUISA?Hoje em dia, no entanto, estou muito mais calma — desde que me dei conta de que é tecnicamente impossível uma mulher argumentar contra o feminismo. Sem o feminismo, você não teria permissão para debater o lugar da mulher na sociedade. Você estaria ocupada demais dando à luz no chão dacozinha — mordendo uma colher de pau para não atrapalhar o carteado dos homens — antes de voltar a esfregar a latrina. É por isso que aquelas colunistas do Daily Mail — que falam mal do feminismo todos os dias — medivertem. Você recebeu 1,6 mil libras por isso, querida. E aposto que foi para a sua conta do banco, não para a do seu marido. Quanto mais as mulheres argumentam, em voz alta, contra o feminismo, mais elas provam que eleexiste e que elas se aproveitam dos privilégios conquistados a duras penas.Porque, apesar de todas as pessoas que tentaram abusar e destratar do feminismo, essa continua sendo a palavra de que precisamos. Nenhuma outra serve.

Caitlin Moran

Precisamos retomar a palavra feminismo. Precisamos muito, mas muito mesmo pegar de volta a palavra feminismo. Quando aparecem estatísticas dizendo que apenas 29% das mulheres norte-americanas se descrevem comofeministas — e apenas 42% das inglesas —, eu penso: o que vocês acham que feminismo é, moças? Que parte da liberação das mulheres não é para vocês? Será que é o direito de votar? De não ser uma posse do marido? A campanha por equivalência salarial? A música Vogue, da Madonna? As calças jeans? Será que todas essas coisas IRRITAM VOCÊ? Ou será que você só estava BÊBADA NA HORA DA PESQUISA?Hoje em dia, no entanto, estou muito mais calma — desde que me dei conta de que é tecnicamente impossível uma mulher argumentar contra o feminismo. Sem o feminismo, você não teria permissão para debater o lugar da mulher na sociedade. Você estaria ocupada demais dando à luz no chão dacozinha — mordendo uma colher de pau para não atrapalhar o carteado dos homens — antes de voltar a esfregar a latrina. É por isso que aquelas colunistas do Daily Mail — que falam mal do feminismo todos os dias — medivertem. Você recebeu 1,6 mil libras por isso, querida. E aposto que foi para a sua conta do banco, não para a do seu marido. Quanto mais as mulheres argumentam, em voz alta, contra o feminismo, mais elas provam que eleexiste e que elas se aproveitam dos privilégios conquistados a duras penas.Porque, apesar de todas as pessoas que tentaram abusar e destratar do feminismo, essa continua sendo a palavra de que precisamos. Nenhuma outra serve.

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About Caitlin Moran

Catherine Elizabeth Moran ( KAT-lin mə-RAN; born 5 April 1975) is an English journalist, broadcaster, and author at The Times, where she writes two columns a week: one for the Saturday Magazine, and the satirical Friday column "Celebrity Watch".
Moran was named British Press Awards (BPA) Columnist of the Year for 2010, and both BPA Critic of the Year 2011 and Interviewer of the Year 2011. In 2012, she was named Columnist of the Year by the London Press Club, and Culture Commentator at the Comment Awards in 2013.